quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pequena História de Uma Adolescente Mimada



Meu primeiro emprego na verdade não foi um emprego,foi tipo esses trabalhos extras de natal.
Fui contratada pra ser caixa de uma uma loja xexelenta durante um mês e receberia um salário fixo,sem comissões.
Na época,eu não precisava do dinheiro. Eu morava com a minha mãe e o dinheiro seria só um dinheirinho a mais pra comprar uma roupinha,essas coisas que toda adolescente de 15 anos quer.
Era uma loja de rua,na Farme de Amoedo.
Cheguei no primeiro dia,sentei a bunda no caixa e nada de ninguém entrar naquela loja. Um tédio mortal. Nada pra fazer. Quando entrava alguém,eu torcia pra que o pagamento fosse feito no cartão,porque assim eu ficaria um tempo maior ocupada.
Na época era aquele cartão que tinha que preencher boleto,(e eu confesso que sempre gostei de preencher boletos e essas coisas de preencher). E depois que eu efetuava o pagamento, eu quase saía no tapa com as vendedoras pra convecê-las a deixarem eu fazer o embrulho pra presente,porque seria mais um tempo ocupada.
Enfim,isso tudo pra contar que não tinha mesmo porra nenhuma pra fazer.
No quinto dia,estava eu lá sentada,sem fazer nada,contando e recontando o dinheiro do fundo de caixa pra me distrair,quando chegou a dona da loja.
Fui apresentada à ela. Aquela simpatia antipática de donas de lojas cafonas.
Uns 20 minutos depois ela chega pra mim e pergunta:
- Paula,me diz uma coisa. Você sabe passar roupa?
Eu pensei –ai meu Deus...não quero passar roupa,não tô aqui pra isso – e respondi:
- ih,num sei não...
- então vem cá que eu vou te ensinar.
E como era meu primeiro trabalho,fiquei completamente sem jeito de dizer qualquer coisa.
Ela me levou pro estoque da loja, que era um cubo quente pra cacete, e tinha uma tábua de passar ,um ferro e uma senhora que era a passadeira. A passadeira estava sentada lendo uma revista. A dona pegou um vestido e começou a me ensinar como se passava. Eu pensei – ah,tudo bem,não me custa nada passar um vestidinho...tem nada pra fazer mesmo.
Ela então perguntou:
- aprendeu?
-ahan...
Ela foi saindo e de repente volta ela com um monte de roupa na mão.
-então eu queria que você passassse essa vitrine pra mim,tá?
Eu,de novo sem jeito,não consegui falar nada.
-ahan...
Ela desceu e eu fiquei pensando enquanto passava o primeiro vestido – não tô acreditando! E agora? Que que eu vou fazer, meu Deus?
E eu suava,um calor desgraçado naquele lugar,e a passadeira sentada em frente a um ventiladorzinho lendo revista e dizendo:
-não,assim assim não minha filha,isso aqui é seda. Tem que tomar cuidado pra não queimar.
E eu só pensava como é que eu faria pra sair dali com aquele cão de guarda.
Uma hora decidi – vou pegar minha bolsa,dizer que vou almoçar e não volto mais. Vou fugir!
Peguei minha bolsa,desci as escadas e falei pra dona:
-tô indo almoçar e já volto.
Aí uma das vendedoras filha da puta,perguntou:
- ué,você vai levar sua bolsa? Você nunca leva...
Nunca levo o que?Que nunca é esse?Eu só tô aqui há 5 dias!
-é que eu vou aproveitar pra resolver umas coisas no banco – piranha!
Saí. Uma sensação de liberdade indescritível. Mas eu ainda precisava saber como ia resolver aquilo,o que eu deveria fazer.
Vou ligar pra minha mãe. Liguei de um orelhão. Ela tava no almoço. Então resolvi ir pra casa e assim que cheguei liguei pra ela.
-mãe... – com a voz embargada de choro
-que que houve minha filha? Onde você tá?
-tô em casa...
-que que aconteceu?
Comecei a chorar igual criança mimada.
-me colocaram pra passar roupa,mãe.
-como é que é?
-foi mãe. A dona da loja queria que eu passasse uma vitrine inteira de roupa.
-e o que que você fez?
-peguei minha bolsa e fugí.
-vc não falou nada?
-só que ia almoçar.
Minha mãe muito puta falou:
-me dá o telefone da loja.
-não mãe. Que que você vai fazer?
-eu vou falar com essa dona. Eu hein,onde já se viu? Colocar a minha filha pra passar roupa. Que que é isso? Não tem passadeira lá não?
-tem,mas ela estava lendo revista.
-ah não!ah não. Me dá o telefone agora. Que que é isso? Minha filha,você não precisa disso.
-deixa pra lá mãe...
-me dá o telefone,Pau-la! Vou ligar pra lá e já te ligo.
Fiquei esperando e nada dela ligar de volta. Imaginei,sabendo bem como minha mãe era,as coisas que ela falaria pra dona.
30 minutos depois,liga minha mãe:
-falei!
-que que ce falou,mãe?
-ah,esculhambei ela,esculhambei a loja dela...falei que isso era um absurdo,que você não foi contratada pra isso e que não precisava disso,e que merda de loja é essa que nem uma porra duma passadeira tem,e que daqui a pouco ela ia colocar você pra limpar o cocô dela na privada.
E enquanto ela ia falando sem parar tudo o que tinha dito pra dona,eu só conseguia pensar- ai,graças a Deus não vou precisar encontrar essa dona nunca mais – foi quando fui interrompida pela seguinte frase:
- e eu falei que amanhã vc vai lá pegar seu pagamento referente aos dias que você trabalhou .
-ah não mãe!
-ah sim Pau-la!
Mandei uma amiga ir buscar.

10 comentários:

  1. Eeebaa !!!
    Topo do comentáá´riio !!!!!!!!
    Uhuuu !!!!!
    Mããe, o teu BLOG taáh' ótmooo, okk ? ?????
    Te amoo muiiiito !!
    Bejinhhos
    ,
    Luuh !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Amei demais essa historia apesar nem sei se eh veridica mais eh mto bom nessa historia eu ate peguei essa histoia pra fazer um teatro la na eskoola ai eu pegguei klaro kii eu fui ah menina mimada neh mais isso ai tschau bjo

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  3. acho que fazer isso é o sonho de muita gente kkkkkkk, muito bom !!!!!!

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  4. é muito mlonga mais eu goitei beijos!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  5. eu não gostei porque é muito grande

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  6. tu é muito mimada viu! onde já se viu? mais vc tá certa a dona da loja quer te fazer de empregada , q idiota!

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  7. muito bom vou usar ele para contar no meu grupo de contaçao de historia, como ele é muito grande eu vou ressumir, gostei muito parabens bjooss

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