quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Liberdade


Agora tô eu,aqui em São Paulo,sentada numa mesa de um bar,completamente sozinha.
Quando decido aprender a ser mais sozinha,a me virar sozinha,logo me lanço em São Paulo.
E é uma sensação estranha,mas boa...
Me sinto como uma criança perdida num parque de diversões,mas me vejo uma mulher mais adulta do que nunca,independente,correndo contra o tempo(ou junto com ele).
Eu jamais saí sozinha pra tomar um chopp,ainda mais num lugar onde sei que não haverá a possibilidade de encontrar um rosto conhecido.
E agora me sinto,me vejo sentada num bar,num bairro que se chama Paraíso.
Será esse meu paraíso?
Será saber beber comigo,olhando pra mim,ouvindo as minhas músicas sem escutar o som da minha voz? Assim,sozinha e tão acompanhada de mim? Tão livre?
E por que essa liberdade tão livre,assusta tanto,que me sinto perdida?
Estranhamente percebo,que a liberdade me assusta mais que a solidão e não entendo bem por que.
Será por ser novo?
Que da solidão eu já sei.
O novo assusta.
Mas agora,mesmo com o susto,eu desejo o novo. De verdade.
Eu encaro o medo.

Escrevo isso tudo,no caderno que comprei pra escrever sobre o processo de uma peça onde questionamos sempre o desejo,qual nosso real desejo e o que fazemos por ele.
Achei justo colocar isso tudo aqui. Já faz parte de todo um processo da minha vida.
E eu tô amando todo esse susto,toda essa novidade,todo esse início.
Amando essa liberdade. Todo o processo.
Amando todo o progresso.
E aqui,quase não sinto vontade de comer pra me preencher.

Escrito dia 22/07/09

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