“Preciso ter certeza que inventar nosso encontro
sempre foi pura intuição, não mera loucura...”
Caio Fernando Abreu
Ontem, tantas coisas ditas
e hoje o silêncio...
Um silêncio vazio, cheio de dúvidas.
Mais uma vez, volto a pensar...
o que é que eu tô querendo.
O que eu ando buscando.
Acho que busco o impossível só pra ter histórias.
Só pra criar histórias de amor e poder escrevê-las.
Mas não vivê-las.
Talvez eu esteja com medo.
Talvez eu ande buscando a inspiração.
Difícil inspiração quando não se apaixona.
Fácil se apaixonar (ou achar que) quando se está carente.
Gosto das fantasias. E amo imaginar os encontros.
Esses encontros que aparecem do nada
e que de repente vai se tornando a data mais esperada.
Os encontros carregados de história.
Mesmo que seja único...(talvez disso que eu tenha medo)
é sempre tão bonito.
Ontem, as tantas palavras doces,
alguns planos banais,
me fizeram sair pela rua cantando e esperando...
Esperando o próximo encontro,
aquele, quase impossível.
As próximas doces trocas. Escritas.
As tantas outras histórias que eu,
e de repente só eu, criaria.
No fabuloso mundo de Paula,
onde ainda se acredita em encontro de almas.
Lá, diferente das outras fábulas,
a busca não é por um encontro encantado
e sim por um amor a ser lapidado.
Lá, não basta apenas a princesa cantar pro príncipe se apaixonar.
Lá nem tem príncipe, se você quer saber.
Lá o príncipe virou homem e a princesa virou mulher,
ambos com suas marcas no rosto e fragilidades na alma.
No fabuloso mundo de Paula,
a troca é sempre tão recíproca.
Ainda se acredita na relação perfeita,
mesmo com todas as imperfeições que uma relação nos oferece.
Lá se agradece o dom de transformar.
Lá, o um se transforma em par.
Lá a gente se esquece de tudo,
pelo menos por um segundo deixa tudo pra lá
e vai correndo pro nosso mundo,
aquele mundo particular.
E hoje você não veio...
E eu senti falta...(?)
E voltei a pensar...
Será? Será que continuo te fazendo foco da minha inspiração?
Será que continuo te fazendo fábula desse meu coração?
E será que era mesmo só isso?
E se fosse mais? E se fosse real?
E se eu me apaixono? Faz-se como?
Talvez eu devesse criar um personagem sem rosto.
Um ideal sem sombra, um reflexo utópico.
Uma fábula só minha,
onde eu crio os personagens, as histórias,
eu crio a reciprocidade,
eu crio as imperfeições da relação (e resolvo),
eu crio as perfeições (lapidadas),
eu crio o primeiro encontro no lugar mais lindo,
eu crio o primeiro olhar, o primeiro beijo...
E o mais importante, coisa que nunca fiz no meu fabuloso mundo...
eu crio o fim.
Acho que por enquanto,
enquanto realmente ninguém aparece,
enquanto o encontro não acontece,
talvez seja melhor assim...
=/ =)
ResponderExcluirLindo!